Ah, coração, agora não.
Já passa do meio-dia
As quatro da tarde já se aproxima
O entardecer já se anuncia
E para o anoitecer é um pulo
Agora, não, coração.
O sol já busca seu ninho
a lua já se advinha
As nuvens já estão rosadas
já, já, estarão alaranjadas
e mais um pouquinho se tingirão de azul escuro
e a noite cairá como um sapoti maduro.
Não, agora, coração.
Agora, não.
Descansa no teu canto
Que a tormenta não te faz bem.
Por favor, agora não.
Deixa-me recolhida na minha solidão.